INSIDE - As Coisas por Dentro

Carro(s)

Quando me mudei para Vila Nova de Poiares, com um bebé de 1 ano, com uma garagem pequenina e nada jeitosa para colocar o meu filho e tirar o meu filho do carro, eu comecei a estacionar em frente à minha casa. Com um bebé e sempre com carga, estacionava num cantinho mesmo em frente à casa dos vizinhos da frente (pessoas de bem que me cumprimentam sempre que me veem, ao contrário da vizinha mal-educada e ressabiada).

Um dia, levanto-me para levar o meu filho e chego ao carro (janeiro 2022) e na geada está escrito: “respeito, respeito, respeito” em todo o lado…

Vou levar o Amorim e quando chego a casa, encontro o filho/sobrinho da vizinha (o tal que não fuma segundo a mãe) a fumar, vestido com um robe de casa, nas escadas que dão acesso também à minha casa.

Estava aborrecida e expliquei ao senhor e pedi para ele explicar à mãe dele:

Caso façam de novo esta “arte”, eu farei o mesmo, na mesma quantidade, mas em spray de trinta e atenção que não tenho uma letra bonita!

Caso se metam comigo de novo desta forma, as minhas 3 máquinas vão lavar e secar a noite toda até compreenderem que estupidez tem limites.

Caso façam de novo estas “artes”, vou chamar a polícia todas as noites, justificando que tenho um bebé pequeno e que vocês estão sempre a fazer barulho e com a música aos berros. Mas chamarei todos os dias, todos.

Entendido?

Ele disse que tinha entendido.

Uns dias depois, a vizinha com maus fígados, apanha-me a abrir a porta de casa e diz:

“O lugar ali é meu e faz favor de não voltar a estacionar lá! Foi o vizinho que me deu o lugar!”

Eu olho para o lugar, um lugar de estrada, e sendo jurista, percebendo que aquele espaço é o pedido pela Câmara Municipal para fazer face à estrada, digo à senhora:

Minha senhora, o vizinho não pode dar o que não é dele. E olhando para o lugar, não tem a sua matrícula lá escrita a reservar, pois não? Não seja frustrada, procure ajuda, fica-lhe mal isso (também sou psicóloga). Se quiser, eu não tenho paciência para si, mas recomendo uma colega.

A vizinha deu de me insultar, sabem aquelas pessoas pequeninas que não tem mesmo nada, nadinha na cabeça e vocês dizem: “trate-se” e ela responde: “trata-te mas é tu!”. Coitadinha, a inteligência não dá para muito mais. Entrei em casa e fui à minha vida que não tenho tempo nem paciência para pessoas ressabiadas e avarentas.

O meu carro, se passarem aqui, continua no mesmo lugar.

Vila Nova de Poiares, Janeiro de 2022

Nota: às páginas tantas a empresa onde trabalhava deu-me um BMW e a senhora ficou muito incomodada que eu ocupava lugares a mais! Lugares de rua entenda-se! Já perceberam que a cabeça da vizinha é um T0 em que basicamente é uma casa de banho… Não tem espaço para mais e tem muitoooo tempo. Não deve trabalhar. Diz que é cabeleireira, mas suspeito que com este tempo todo, não deve trabalhar.

Nota 2 – Quando o meu filho está com a Beatriz ou o Pai dele na rua, ela faz uma festa imensa ao meu filho. É uma dissimulada a vizinha, coitadita. Não faz festa quando estou eu com ele ao colo!

Autor

Viajou por muitos países, conheceu muitas pessoas e muitos lugares. Aprendeu com todas as pessoas que observou e com quem conversou. Trabalhou em Portugal, na Bélgica, nos EUA e em Angola. Hoje desenvolve o seu trabalho na área da gestão de pessoas (recursos humanos), formação, coaching e mentoring. E escrita, adora escrever. Assumiu diferentes funções e colaborou com empresas em diferentes estados de maturação, quer em ambiente nacional, quer internacional. Desempenhou funções relacionadas com: gestão do talento e tarefas inerentes; gestão de recursos humanos em sentido lato e formação e desenvolvimento. A nível académico, estudou direito na Universidade de Coimbra, mas foi em Psicologia e no Porto que encontrou a sua verdadeira vocação. É certificada em Coaching, PNL e estuda todos os dias mais um pouco, vê mais um pouco, ouve mais um pouco para poder ser mais cultivada. Faz programas de shaping leaders e reshaping leaders e gosta muito do que faz. Costuma dizer às crianças que forma enquanto voluntária em educação para os direitos humanos: “quando mais soubermos, quanto mais conhecemos e sentimos, menos somos enganados”. Enfrenta cada dia com uma enorme alegria que é simples de ver e sentir!

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